sábado, 15 de dezembro de 2007

Hermetismo.

Meus sinais, meus códigos herméticos, minha vida misteriosa.
Tudo isso é uma tentativa de me esconder de mim mesmo?
Talvez.
Talvez.
Talvez.
Esse é o meu código.
(Sob que máscara retornarei?)
E minhas questões?
Ah.
Ah.
Ah.
Canso de vez em quando de mim mesmo.
Fato.
Fato.
Foto.
Sorriso estático, parado, falso.
Coração pulsando, verdadeiramente, vermelho.
Tum.
Tum.
Tum.
Tambores.
Viva a carne humana.
Cave a terra.
Cave.
Cav.
Ca.
C.
Ossos!
Ossos meus.
Apodrecidos.
Essa é a minha herança: uma flor murcha, uma lagarta seca, um solo infértil.
Murcha de suas mentiras.
Seca de suas verdades escaldantes.
Infértil de lhe ver.
Mundo perdido e encontrado dentro de mim.

2 comentários:

Anônimo disse...

através de máscaras vc pode se disfarçar ao olhar pro espelho, mas não esconde os olhos, que, por sua vez, nada escondem.
um coração explosivo pode ser escondido no sorriso amarelo de uma foto, mas não dá pra negá-lo dentro do peito.
o desafio de ser uma nova pessoa a cada dia talvez seja o que torne a vida mais atraente.
uma nova pessoa ou uma pessoa nova?
não sei.

e só por causa da lagarta: "você sabe quando a gente é criança e de repente vê uma lagarta listada?"
uma lagarta listada será seca um dia, mas por enquanto é legal ficar "assim olhando" pra ela.

Anônimo disse...

falo tanto e não digo nada!!
huahuahuau.
mas legal suas palavras meio concretas e, no entanto, bem abstratas.

ossos apodrecidos podem ser adubo.
depende do ponto de vista [e do solo fértil né?].