segunda-feira, 27 de agosto de 2007

Amantes.


- Adeus, não posso ficar,
Ele deve me telefonar,
Pedir para eu voltar.
- Fique mais um pouco,
Eu que não sou louco,
Não quero lhe perder assim.
- Entenda nosso caso:
Toda história tem seu fim,
Já é tarde para mim.
- Por favor, tente voltar atrás.
E a vida prometida?
Amor eterno, prazer fulgás.
- A mentira esteve aqui,
Espiando nosso fervor,
Fervendo nosso pudor.
- Esse é o nosso final?
Uma atuação frágil
Em um palco marginal?




Dois atores em uma peça.
Haveria cena como essa:
Um instante e nada mais?
.
Renato Gonçalves.
.
.
.
.
.
(Mais uma tentativa poética metrificada).

3 comentários:

Alysson Kálleb disse...

Os versos me soaram bem!
Naturalmente.

Rimas boas, várias ricas..

Gostei!

Gostaria de ver no palco..

(haja trabalho para a metrificação)

=D

Anônimo disse...

Interessante, por�m, como te disse, sou mais uma poesia desconstru�da do que uma toda m�trica.

Tente dar uns passos modernistas para tr�s, � libertador!


abra�o

Anônimo disse...

NOSSA, como vc consegue??? é dom mesmo! hauhauhauhau...

eu não sou fã de poesia, mas quando leio, gosto de sentir o ritmo e de ler sem esforço, sem me preocupar em saber o que significa tal palavra... adorei essa!

e, "Toda história tem seu fim"... mentira!

=*