domingo, 11 de novembro de 2007

Le noir.

A luz elétrica vai embora às 10 horas da noite em minha aldeia. Vai também o desejo dos meus olhos em persistirem abertos. Entro então na fabricação de frágeis lembranças: o contorno dos teus lábios, frases tuas de insuportável beleza, olhos abertos nesse breu.
Eu aguardo confessadamente.
Aguardo.
Quando as luzes se acenderem...

Um comentário:

Flávio A disse...

parei no seu blog e não pude deixar de notar esse texto, que parece muito o primeiro conto de "a voz do fogo", do alan moore!