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domingo, 19 de agosto de 2007

Emaranhado urbano de linhas tortas.

Cruzamentos, sinais fechados eteceteraetal. Minha vida que parou ou foi somente o carro?



Não sei. Na verdade nem sei. Não sei quando o sinal verde surgirá, muito menos quando o amarelo. Cuidado com os tiros que vêm de lá.



Pensamentos fluem. Quando é que minha rua cruzará com a sua? Em qual esquina saberei o seu nome? Ah... Mas se perguntarem por mim diga que estou por aí, andando por aí, perdido por aí.



Abriu. Mais uma vez o sinal abriu. O carro do meu lado acelera, em vão:



- Ich liebe dich.



Multidões se unem. Resolvem atravessar com o sinal fechado. Sonhos diferentes se esbarram, se atraem, se unem.



Do meio da multidão uma senhora corre, espalhando a sete-ventos:



- La muerte és un horror!



Anda, anda! Tenho que passar.



O sinal amarelou. Não. Não. Não!



Fechou.



Aperto o botão e aguardo a linha.

(Telefone temporariamente fora de serviço.)